quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O Brasil ficou em oitavo lugar no “Índice de Desempenho em Mudanças Climáticas” – um levantamento realizado por organizações ambientais

Índice não levou em conta desmatamento.
O Brasil ficou em oitavo lugar no “Índice de Desempenho em Mudanças Climáticas” – um levantamento realizado por organizações ambientais e divulgado nesta quarta-feira em Poznan, na Polônia, durante a reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema.
Para destacar a falta de ações “fortes” contra a redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa, os autores da pesquisa - a ONG Germanwatch e a Rede de Ação Climática (CAN, na sigla em inglês) - deixaram os três primeiros lugares vazios. A lista começa na quarta colocação, com a Suécia.
“As emissões totais de todos os países cresceram mais rapidamente do que nunca”, justificou Jan Burck, um dos autores do estudo da Germanwatch.
Os que mais contribuíram
1. –
2. –
3. –
4. Suécia (66,7 pontos)
5. Alemanha (65,3 pontos)
6. França (62,2 pontos)
7. Índia (62,1 pontos)
8. Brasil (61,4 pontos)
9. Grã-Bretanha (60,6 pontos)
10. Dinamarca (60,6 pontos)
Fontes: Germanwatch e CAN
Em quinto lugar, ficou a Alemanha, seguida por França, Índia, Brasil, Grã-Bretanha e Dinamarca. Os últimos dez colocados são Grécia, Malásia, Chipre, Rússia, Austrália, Cazaquistão, Luxemburgo, Estados Unidos e, finalmente, Arábia Saudita.
Guinada alemã
O índice comparou 12 indicadores de 57 países para avaliar o nível de emissões, a tendência e a política para o clima de cada país. Entretanto, ele não levou em consideração as emissões provocadas pelo desmatamento e pelo uso da terra.
Somadas, as emissões dos países incluídos no Índice de Desempenho em Mudanças Climáticas representam 90% da produção de gás carbônico no planeta.
“Nenhum único país pode ser julgado satisfatoriamente no que diz respeito à proteção do clima”, esclareceu Burck, destacando que a recente mudança de direção na política ambiental alemã não pôde ser incluída a tempo.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que até a reunião da ONU em Bali, no ano passado, era vista como uma das principais defensoras de metas de redução ambiciosas, vem afirmando que o combate à crise econômica mundial pode levar o país a rever suas posições.
Organizações ambientais aguardam a conclusão do encontro em Poznan na sexta-feira para verificar os impactos da crise econômica mundial nas negociações sobre o clima.
No ano passado, os três primeiros lugares na lista ficaram com Suécia, Alemanha e Islândia. Na lanterninha, ficaram Austrália, Estados Unidos e Arábia Saudita.

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